Envolvemos num só abraço cada criança, cada educador e cada técnico, consolidando harmoniosamente uma base educativa que respeita a partilha e o crescimento mútuo.
Venha conhecer-nos.
Lema
"Sou criança, tenho direitos e voz!”
O projeto educativo da nossa instituição tem como lema “Sou criança, tenho direito à voz!”, uma vez que reconhecemos a importância da criança, não só enquanto agente educativo com o direito a ser ouvida e a participar ativamente no processo de aprendizagem no qual está envolvida, como também com direitos que devem ser respeitados e defendidos.
Desde o nascimento, a criança é detentora de uma curiosidade natural que vai desenvolvendo, ao mesmo tempo que compreende e dá sentido ao que a rodeia, num contexto de interação social e processo de humanização cultural. Reconhecer a criança como um ser competente, com as suas capacidades e conhecimentos, é valorizá-la enquanto protagonista, enquanto principal promotor do seu desenvolvimento.
O direito da criança à participação na construção do seu desenvolvimento e aprendizagem e da sua valorização enquanto ser competente, com as suas capacidades, saberes e competências próprias, resulta também do reconhecimento que lhe é conferido pela Convenção dos Direitos da Criança de 1989. Neste documento são lhe reconhecidos, entre outros, o direito de ser consultada e ouvida, de ter acesso à informação, à liberdade de expressão, de opinião e de tomar decisões em seu proveito.
Assumimo-nos como uma instituição que favorece um espaço de realização dos direitos das crianças. Um espaço onde se sentem escutadas, respeitadas e onde se podem afirmar enquanto atores sociais, um espaço onde contam com adultos que com elas negoceiam, planificam, pensam e as consideram competentes.
O nosso modelo
O Modelo do Movimento da Escola Moderna teve origem em Portugal, no começo da década de 1960, sob um regime político que não permitia a liberdade de associação ou de organização.
Alguns professores, inspirados na pedagogia de Freinet começaram a desenvolver, em escolas privadas, uma prática pedagógica inovadora baseada em princípios de igualdade, democracia e inclusão (Folque, 2012, p. 51). Inovador, o modelo produziu uma rutura com a pedagogia tradicional transmissiva para promover uma outra visão do processo de ensino-aprendizagem e do ofício de aluno e professor. "A pedagogia que o MEM vem desenvolvendo privilegia as abordagens «naturais» (globais e genéticas) e as estratégias de descoberta (problemas e projetos) e de criatividade. Propõe-se realizar um modelo sociocêntrico de educação, acelerador do desenvolvimento moral e social das crianças e dos jovens, através de uma ação democrática exemplificante, no decurso da educação formal. Valoriza o ensino mútuo e cooperativo como estratégia para as aprendizagens e para reforçar o sentido da cooperação no desenvolvimento educativo e social" (Niza, 1987 citado em Niza 2012, p.96).
O modelo Pedagógico MEM entende a democracia como matriz de organização e vivências humanas comprometidas com os direitos do homem e da criança. Assim sendo, o modelo orienta- se segundo três grandes finalidades:
- Iniciação às práticas democráticas: a criança tem o direito a participar, a escolher e a partilhar as suas opiniões junto do grupo.
- Reinstituição dos valores e das significações sociais: à necessidade de uma reflexão permanente para clarificar valores e significações sociais
- Reconstrução cooperada da cultura: implica perspetivar a aprendizagem como um processo sociocultural e participativo em que os grupos não só têm acesso aos conhecimentos socioculturais da sociedade, como também os reconstroem num processo dialógico de construção de sentido;
Ao longo dos anos, o modelo consolidou-se através da reflexão dos vários associados, uma vez que o MEM surge como uma associação de profissionais de educação que desenvolvem um modelo pedagógico baseado em metodologias que promovem a diferenciação do trabalho, o trabalho em estruturas de cooperação educativa e a participação democrática. O modelo surge do trabalho cooperativo desenvolvido pelos professores do MEM em Portugal ao longo de mais de 30 anos. Sérgio Niza é um dos seus fundadores e líderes educacionais (Folque, 2006, p. 5). Este modelo parte dos interesses e motivações das crianças para a organização e planificação de espaços, tempos, recursos e conteúdos de forma contratual e dialógica (Rebelo, 2010, p. 63).
São ainda consideradas, para um processo de aprendizagem cooperada, três condições fundamentais, sendo elas: 1) a constituição de grupos heterogéneos; 2) a existência de um clima em que se privilegia a expressão livre; 3) proporcionar às crianças tempo para brincar, explorar e descobrir.
Todos estes pressupostos e finalidades constituem a sintaxe comum, que serve como linha orientadora do modelo, para os vários níveis da educação abrangidos pela nossa instituição.
Equipa
A nossa equipa é constituída por sete educadoras formadas na Escola Superior de Educação de Lisboa e Escola Superior de Educadores da Maria Ulrich, um professorde 1º ciclo formado na Escola Superior de Educação Jean Piaget e 12 auxiliares com curso de ação educativa.
Todas as salas têm uma educadora (desde o Berçário) e pelo menos uma auxiliar de ação educativa.
A equipa completa-se com uma psicóloga, um técnico de apoio à sala de estudo, todos os professores especializados nas diversas atividades curriculares e extracurriculares e restantes funcionários de apoio no dia a dia do colégio.
Contamos, ainda, com a participação de estagiárias da Escola Superior de Educação que enriquecem, com a sua jovialidade e novas ideias, a nossa equipa educativa.